A pergunta pode parecer boba, mas faz todo sentido diante da diversidade de gênero, que até bem pouco tempo atrás não era discutida, e das transformações na medicina contemporânea na busca por um protagonismo maior da pessoa cuidada.
Ginecologista é um médico que parte de uma formação generalista para se especializar em dois pontos principais: a atenção à mulher e o foco nas características físicas do sexo feminino (aparelho reprodutor, genitália e mamas). A princípio ele atende mulheres cis, trans e homens trans. Mas, infelizmente, a consciência de gênero não faz parte como deveria da rotina de grande parte dos médicos. É aí que o indivíduo deve verificar se o seu ginecologista realmente atende às suas expectativas.
Dentro da ginecologia existem várias subespecialidades e modelos de práticas. E, assim como um médico geral, o ginecologista tem a responsabilidade de traduzir e lapidar informações sobre cuidados com a saúde e prevenção dentro do seu ramo de atuação. Estar preparado para isso é essencial. Logo, as pessoas não devem sentir vergonha de expor suas demandas e perguntar para o profissional, de qualquer especialidade, se ele está a par das questões expostas. Quando houver desconforto ou insatisfação em um atendimento, pode ser bom procurar por um médico que esteja mais familiarizado com as suas necessidades.
A mulher cis e trans e o homem cis e trans têm o direito de ter uma assistência de qualidade com a qual se sintam à vontade e contemplados em suas particularidades de saúde.